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Câmbio vira maior preocupação para a indústria gaúcha

A Sondagem Industrial da FIERGS iniciou sua série em 2004 e, desde então, a questão cambial nunca havia aparecido como principal preocupação do industrial gaúcho. Mas, na pesquisa apresentada segunda-feira (3), o câmbio lidera o ranking, saltando de um índice de 18,2% no 3º trimestre de 2024 para 35,3% no trimestre encerrado em dezembro.


“Na virada do ano, o câmbio superou questões históricas, como carga tributária e mão de obra, reforçando a necessidade de uma reforma fiscal urgente, que controle os gastos públicos e reduza a pressão sobre indicadores como inflação e a própria cotação do dólar”, analisa o presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier.


A falta de trabalhador qualificado e a elevada carga tributária ficaram empatadas em segundo lugar no último trimestre de 2024, com 32% das respostas. No caso da escassez de mão de obra qualificada, o aumento no índice de preocupação de um trimestre para outro chegou a 5,0 p.p., atingindo o maior percentual desde o primeiro trimestre de 2014. A carga tributária, que em tempos de normalidade econômica tende a liderar o bloco, perdeu 2,0 p.p. no período.


Para os próximos seis meses, as expectativas da indústria gaúcha são otimistas, na avaliação captada em janeiro. Todos os índices, que variam de zero a 100, seguem acima dos 50 pontos: demanda (53,4 pontos), exportações (51,0 pontos), emprego (52,6 pontos) e compras de matérias-primas (53,5 pontos).


Comunicação da FIERGS





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