Sistema FIERGS leva irrigação e energia justa à COP30
- sinmaqsinos
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O Sistema FIERGS estará presente na COP30, que será realizada entre 10 e 21 de novembro, em Belém (PA), com o objetivo de contribuir para o debate global sobre ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Entre as iniciativas que serão levadas pela Federação ao evento estão estudos sobre irrigação e transição energética justa. A entidade integrará o estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que concentra uma série de debates ligados ao desenvolvimento industrial, e também participará de outros fóruns que ocorrem durante a COP30.
“A indústria gaúcha está atenta às demandas atuais de preservação ambiental e sustentabilidade. Participar da COP30 é uma forma de contribuir com as principais discussões e ajudar a apontar caminhos e soluções para desafios importantes, como o déficit hídrico em regiões do Rio Grande do Sul e os impactos da transição energética, sem deixar de lado o desenvolvimento econômico”, diz o presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier, que estará presente em Belém.
Nos últimos cinco anos, o RS enfrentou quatro estiagens severas, o que gerou perdas acumuladas superiores a R$ 300 bilhões para o agronegócio, segundo a Farsul – o equivalente à metade do PIB gaúcho. Um estudo recente da FIERGS ressaltou que a produção de milho está concentrada em poucas bacias hidrográficas, sendo que apenas seis delas respondem por dois terços do total. Em algumas regiões, a produtividade poderia crescer mais de 50% se houvesse disponibilidade de água reservada para suprir a demanda das lavouras. Esse potencial é especialmente estratégico, considerando que o estado produz, em boas safras, cerca de 4 milhões de toneladas de milho por ano, enquanto a cadeia de proteína animal consome aproximadamente 7 milhões. Além do estudo, a Federação apresentou uma proposta de construção de Plano Estadual de irrigação.
No âmbito da transição energética justa, a FIERGS atua em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) na elaboração do plano que busca equilibrar as diferentes dimensões da transição, considerando seus aspectos sociais, econômicos e de segurança energética. O tema ganha relevância em um cenário de crescente pressão pela redução da mineração e da geração de energia a partir do carvão mineral. A entidade também tem ressaltado, nesse contexto, a importância de promover a diversificação da base mineral do estado, de modo a ampliar a inserção do Rio Grande do Sul no cenário da transição energética. O subsolo gaúcho apresenta riquezas minerais abundantes e ainda pouco exploradas, incluindo indícios da presença de minerais estratégicos tanto para a transição energética quanto para a agricultura.
Além desses temas, a FIERGS também levará à COP30 outros assuntos relevantes para o desenvolvimento econômico sustentável, como:
Reuso de efluentes para abastecimento industrial : Mapeamento realizado em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Universidade de São Paulo (USP) para apontar oportunidades de reuso dos efluentes.
Fomento à logística de baixo carbono: O setor de transportes é um dos principais emissores de gases de efeito estufa no estado. A FIERGS atua para potencializar o transporte hidroviário e ferroviário, visando assegurar mais competitividade e sustentabilidade. A entidade desenvolveu um Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica para ramal ferroviário entre Chapecó (SC) e Passo Fundo (RS).
Observatório da Agroindústria do Rio Grande do Sul: Lançado em setembro deste, a plataforma de business intelligence reúne informações sobre mercado de trabalho, comércio exterior e produção da agroindústria gaúcha, incluindo insumos agropecuárias, produção, implementos e cadeia produtiva.
Zoneamento Ambiental da Silvicultura (ZAS): Aprovado em julho de 2025, contou com amplo apoio técnico e institucional da FIERGS em sua elaboração. O instrumento deve permitir o aumento significativo da produção madeireira de manejo florestal sustentável no RS.
Comunicação da FIERGS
