As enchentes afetaram mais de 80% da atividade econômica do Rio Grande do Sul, segundo estimativa da Federação das Indústrias do estado, a Fiergs. A entidade informou, nesta quarta-feira, que 67% dos municÃpios gaúchos foram atingidos, mas ainda não é possÃvel fazer projeções numéricas sobre os prejuÃzos na produção.
As perdas econômicas são inestimáveis no momento. Uma infinidade de empresas teve suas dependências completamente comprometidas. Além dos danos gigantescos de capital, os problemas logÃsticos devem afetar de forma significativa todas as cadeias econômicas do estado — disse o presidente em exercÃcio da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira.
Um estudo preliminar realizado pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da entidade aponta que os 336 municÃpios atingidos pelas chuvas correspondem a mais de 80% da atividade econômica do Estado. De forma geral, a expectativa é que o estado de calamidade no estado, além das perdas humanas, causou prejuÃzos econômicos vultosos: estão nas cidades afetadas 86,4% dos estabelecimentos industriais, 87,2% dos empregos , 89,1% das exportações da indústria de transformação e 83,3% da arrecadação de ICMS com atividades industriais.
Em função dessas dificuldades, a entidade, em audiência esta semana por vÃdeo com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, solicitou a adoção de medidas emergenciais de apoio a indústrias e trabalhadores atingidos.
Entre outras sugestões, a Fiergs pede redução da jornada de trabalho e salário, suspensão temporária do contrato de trabalho, antecipação de férias individuais, concessão de férias coletivas e suspensão da exigibilidade dos recolhimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O Globo